quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ADD

Tenho andado a evitar falar da Avaliação de Desempenho Docente (ADD). Aqueles que me conhecem sabem que nunca fui de ter medo a avaliações. Acho que têm de (devem) ser feitas. E nós professores sabemos muito bem que tem de ser assim. Uma das nossas muitas tarefas é avaliar. Sabemos que dentro da sala há alunos com diferentes desempenhos... Na classe dos professores (como em todas) também os há-de haver.
Mas, no meio de tudo isto revolta-me a forma como tudo está a ser feito. Tenta-se passar a imagem de que os professores querem ser criaturas intocáveis e que, por isso, não querem ser sujeitos a avaliação.
Não é verdade!
Eu que estive na Faculdade cinco anos e sei muito bem que há gente que não tem a mínima vocação para aquilo que está a fazer. Sei também que há universidades e universidades. Por isso, sempre defendi uma prova à saída da Universidade. Para nivelar.
Mas ter aulas assistidas e saber previamente as datas das assistências, faz-me vir à cabeça a imagem do dono de casa que põe, quando sai, uma tabuleta à porta a dizer: Não estou. Assim, o ladrão saberá quando é mais fácil atacar.
Sou professora e, como tal, preparo todos os dias as minhas aulas. Não tenho de recear que entrem duas pessoas que não conheço ou conheço mal dentro da sala. As portas estão abertas, não só nos dias estipulados para o efeito, como em quaisquer outros dias.
Os professores deviam revoltar-se contra esta forma de avaliação.
Eu não queria ser um ladrão avisado!!!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Morrer lentamente

Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no
trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Já li... :)

Acabei ontem de ler o meu livro.

Foi uma agradável surpresa. Confesso a minha ignorância até há bem pouco tempo relativamente ao autor e à obra.
É um crime aquilo que fazemos com a Literatura neste país. Já que temos tão pouco de bom a que nos agarrar neste momento, não deixemos que nos passe ao lado o que há de bom.
Chega de nos inundar com a crise, inundem-nos com (BOA) literatura.
Obrigada, S.G.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A ler...

valter hugo mãe


valter hugo mãe nasceu em Angola, Saurimo, em 1971. Passou a infância em Paços de Ferreira, vive em Vila do Conde desde 1981. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
Vencedor do Prémio José Saramago com o romance o remorso de baltazar serapião, Quidnovi, 2006, sobre o qual José Saramago disse: «Este livro é um tsunami, não no sentido destrutivo, mas da força. Foi a primeira imagem que me veio à cabeça quando o li. [...] Quando foi publicado? E os sismógrafos não deram por nada? Oh, que terra insensível: este livro é uma revolução. Tem de ser lido, porque traz muito de novo e fertilizará a literatura. Por vezes tive a sensação de estar a assistir a um novo parto da língua portuguesa.».Autor também do romance o nosso reino, Temas & Debates, 2004, considerado pelo Diário de Notícias o melhor romance português editado nesse ano.
Escreveu diversos livros de poesia, entre os quais: bruno, Littera, 2007; pornografia erudita, Edições Cosmorama, 2007; livro de maldições, Objecto Cardíaco, 2006; o resto da minha alegria seguido de a remoção das almas, Cadernos do Campo Alegre, 2003; útero, Quasi, 2003; a cobrição das filhas, Quasi, 2001 e três minutos antes de a maré encher, Quasi, 2000.
Sobre a sua obra: A meta física do corpo, sobre a poesia de valter hugo mãe, seguido de uma antologia, de Rui Lage, Edições Cosmorama, 2006.
Organizou as antologias: O Encantador de Palavras, poesia de Manoel de Barros; Série Poeta, em homenagem a Julio – Saúl Dias; Quem Quer Casar com a Poetisa, poesia de Adília Lopes; O Futuro em Anos-Luz, por sugestão do Porto 2001; Desfocados pelo Vento, A Poesia dos Anos 80, Agora; Cântico Negro, poesia de José Régio, em colaboração com Luís Adriano Carlos.
A sua poesia está traduzida/editada em antologias ou livros autónomos em países como Espanha, Brasil, República Checa, Tunísia, Israel, Alemanha, Suiça, França, Eslovénia, Estónia e Estados Unidos da América.
Esporadicamente, dedica-se às artes plásticas, tendo realizado a sua primeira exposição, intitulada o rosto de gregor samsa, no final de 2006 na Galeria Símbolo (Rua Miguel Bombarda, Porto), preparando a segunda, ainda sem título, para o final de 2008.


Madalena, Manuela,... sei lá!

Numa aula de Literatura Portuguesa

Em Dezembro combinei com as minhas alunas aquilo que elas iriam fazer no Projecto Individual de Leitura no 2º período.

De Dezembro até Fevereiro, prepararam dois poemas de Camilo Pessanha, para apresentar à turma.

Há uma aluna que começa a presentar o poema Madalena. Deixei-a falar um bocado e depois perguntei:

Eu: - Quem é Madalena?
R.: - Uma mulher.
Eu: - Sim, mas quem?
R.: -Não sei. Para mim podia chamar-se Manuela.
(...)
Eu: - Não sei se reparaste, mas no início do poema há uma citação bíblica...
R.: - Ó professora, eu sou agnóstica.

Madalena

Madalena

...e lhe regou de lágrimas os pés e os
enxugou com os cabelos da sua cabeça.
Evangelho de S. Lucas.

Ó Madalena, ó cabelos de rastos,
Lírio poluído, branca flor inútil...
Meu coração, velha moeda fútil,
E sem relevo, os caracteres gastos,

De resignar-se torpemente dúctil...
Desespero, nudez de seios castos,
Quem também fosse, ó cabelos de rastos,
Ensanguentado, enxovalhado, inútil,

Dentro do peito, abominável cómico!
Morrer tranquilo, - o fastio da cama...
Ó redenção do mármore anatómico,

Amargura, nudez de seios castos!...
Sangrar, poluir-se, ir de rastos na lama,
Ó Madalena, ó cabelos de rastos!

Camilo Pessanha

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Visitas, precisam-se!!!


ATENÇÃO !!!
DIVULGUEM ...

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre , mas que está prestes a ser desactivada por falta de acessos.
Imaginem um lugar onde nós podemos gratuitamente:
· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores histórias infantis e vídeos da TV ESCOLA e muito mais.
Esse lugar existe!

O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,
basta aceder ao site:

http://www.dominiopublico.gov.br/



Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desactivar o projecto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno.
Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Divulguem para o máximo de pessoas!
Obrigada!

Já cheira a Primavera :)


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Amor

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Destino

Temo, Lídia

Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.

Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.

Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.

Amigos PASEG


Hoje gostava de dar aí um salto para dar um abraço a um grande amigo.

Apesar de longe, jamais sairão do meu coração.

Adoro-vos.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

As melhoras, S.G.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fui vítima de burla

Atenção ao 3345!

Fui vítima de burla e já apresentei queixa na GNR.

Para perceberem o que se passou deixo aqui o texto que apresentei como queixa.

Espero que sirva de AVISO para alguns que não estão atentos ao extracto das suas comunicações.

"Exmos Senhores:

Há já algum tempo que verificava que o meu saldo do telemóvel se esgotava rapidamente. Hoje carreguei o telemóvel e após ter feito uma chamada, verifiquei que tinha menos quatro euros. Fui verificar o meu extracto online da TMN e constatei que esse dinheiro tinha sido retirado aquando da recepção de umas mensagens de um número: 3345.


Comecei a ver o meu extracto e verifiquei que desde dia 5 de Novembro de 2008 até hoje (04/02/2009) me foram retirados 40 euros. Não é possível ter acesso ao extracto antes de dia 04 de Novembro.

Contactei a TMN por quatro vezes e foi-me prontamente dito o nome da empresa (Messaging Solutions) e foi-me dado um contacto telefónico. Tentei contactar a empresa, mas a chamada foi desviada.

Voltei a contactar a TMN para não deixarem que aquele número me retirasse dinheiro e disseram-me que bastava enviar uma mensagem para o mesmo número a dizer STOP e parariam com o envio de mensagens.

Entretanto estive a pesquisar na internet e verifiquei que há várias queixas no mesmo sentido.

Todos os burlados dizem nunca terem dado autorização para que o dinheiro lhes fosse descontado. O mesmo aconteceu comigo.


Voltei a contactar a TMN a pedir o comprovativo da minha autorização, mas disseram-me que não o podiam fazer porque não tinham acesso ao mesmo.


Eu enviei a mensagem a dizer "STOP" e recebi uma de volta de outro número (3050) a dizer "O pedido para cancelar subscrição do serviço foi aceite".


Reitero o facto de não ter havido subscrição de serviço nenhum e de eu estar a ser vítima de burla. "


P.S.: Há queixosos a dizer que mesmo depois de terem enviado o STOP, o dinheiro lhes continuou a ser retirado.
Eu estarei atenta.

Cachalote


Estive a ver alguns vídeos gravados em Bissau pelo P.

Para além de me terem despertado saudades, mostraram-me qual a semelhança entre mim e um cachalote. Meu Deus, como estava gorda!!! Não é que agora esteja muito magra, mas ao ver o cachalote, percebi a diferença...

Como é que vocês não me disseram?!!!


:)


Beijinhos com saudades

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Carpe diem